Dobrodošli Slovenjia _ Welcome to Slovenia!

Uma pequena abertura de sinal so para dar conta de que o mocinho anda bem de saude.
Tentei publicar imagens mas desisti com o bloqueio linguistico, que nao permite compreender como se faz.
Levo 1167 Km de avančo em relačao a arvore, sob a qual dormi, nas traseiras boscosas de uma bomba de gasolina, nas proximidades do aeroporto de Malpensa, Milao. Presumo que nao se tenha movido...
Tomei o norte, para Varense e percorri as cosmopolitas margens dos lagos Como, Iseo, Garda...
Um calor desmesurado. 33 graus as dez da manha, 37 um pouco mais tarde... Centenas de quilometros ao longo do que e uma cidade continuada. Constručoes, sempre, industria, comercio.
Pelo meio fiz visitas as cidades de Bergamo, Brescia (onde estava a decorrer a Mille Miglia), Verona, Mantova, Vicenza, Padova...
Pontuei rigorosamente o meio de cada tarde com a paragem em alguma das inumeras casas de venda de artesanais e deliciosos gelados. Quase sempre, due gusti: melone e yoghurt.
Asilei em casa do Dario, em Zelarino, as portas de Veneza. Conheci-o em Setembro passado, caminhando juntos em direcčao a Santiago de Compostela. E policia municipal na cidade dos canais.
Encontrei o Adriatico e fui a banhos em Caorle e Monfalcone.
Nova Gorica deu-me as boas vindas a Eslovenia... com chuva.
Esta viagem talvez se desenrole predominantemente para Este mas nao significa que nao tome em conta outros pontos cardeais. Assim, o unico Parque Nacional Esloveno,a norte, o Triglavski, foi suficiente apelo.
Celebrei a entrada nos 33 no Pink Panther Bar, em Bovec, na companhia do Massimiliano (Italia). Nao houve velas mas nao demos pela falta de Pivovarna Laško (uma marca de cerveja). Mais tarde, montei a tenda nas traseiras da igreja e despertei com a sonante chamada para a missa dominical.
O Massimiliano foi meu colega de pagaiada na tarde anterior. Partilhamos, ao longo de 3 horas, as ličoes de kayak em aguas bravas dadas pela Anna. O condutor desta experiencia foi o rio Soča. Maravilhoso, limpido e rapido rio, donde podemos ate beber directamente. Ao passar para Italia chamam-lhe Isonzo.
O dia de aniversario foi chuvoso. Subi gradualmente ao longo de 40 km, em contracorrente ao rio no qual me fui demorando para parar nas inumeras pontes suspensas e apreciar os bravos que, em kayak, aproveitam a sua corrente e as variačoes da mesma que as rochas mais salientes provocam.
Jantei como correspondia a efemeride e encontrei leito para essa noite num armazem junto ao museu do Parque, em Trenta, embalando o sono no agradavel perfume de madeira recem cortada.
No dia seguinte, houve que superar 1000m de desnivel em 9km de curvas apertadas. A pequena roda de 22 dentes nao tem razoes para se considerar preterida no uso face as suas irmas maiores. No cimo do passe, o inevitavel tornou-se evidente... ou vice-versa. Caiu toda a agua que o ceu anunciava ha largo tempo. E o frio que fazia nesse lugar...
Voltei a entrar em calor junto a uma chavena de cafe na primeira pousada que encontrei na longa descida... tao longa como a subida.
Que pensava eu? Sao os Alpes Julianos e este e o clima e o relevo que os caracteriza...
Acabei por completar todo o perimetro do Parque. Ainda estive junto as aguas dos lagos Bled e Bohinj (onde dormi).
Em Bača Pri Modreju (que lindos nomes... nao admira que o verdadeiro Esperanto sejam as tentativas de comunicačao gestual...) comečo a pedalar para Sudeste.
Neste momento estou em Kočevje, digamos, no canto inferior direito do pais, a um curto passo da Croatia.
Talvez ainda me demore um ou dois dias por aqui pois a floresta e densa (como se nao fosse em todo o territorio...) e o rio Kolpa tambem e capaz de prender a minha atenčao.
Gosto muito da Eslovenia. Apresenta das paisagens com que mais me identifico; os seus dignos representantes sao muito simpaticos e educados. Tudo e tranquilo e seguro. Aqui tambem confirmo que o mundo nao e, de facto, plano. Mas o ciclista esta forte e motivado.
Este e o dia numero 16, contado a pedais.
Um grande abračo para todos. Perdoem a falta de acentuačao e de imagens.