sexta-feira, janeiro 27, 2006

Hasta Antofagasta


_Bachelet "con todos"

Volto a ter acesso a internet. Um dia antes do previsto. Näo que tivesse pedalado mais rápido e encurtado o tempo de chegada a Antofagasta. As razöes näo säo das melhores, mas já lá vamos.
Para manter o relato mais ou menos "al dia" tenho que pedir créditos à memória e voltar atrás na sequencia cronológica.
Faz de conta que estou em Tocopilla, Domingo, 22 de Janeiro.
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Passei a noite no "Hotel América". O "luxo" de ter "baño" no quarto rapidamente se acomodou à generalidade do nível da viagem e, ao puxar o autoclismo, metade da água do depósito jorra para o chäo porque a uniäo, que deveria vedar, já näo existe.
Este hotel, com 100 anos, é regido por 2 senhoras. Uma é muito larga, anda inclinada para trás como se tivesse uma vassoura na coluna e abre muito os olhos. A outra é a sua mäe, bem mais estreita e pouco há a referenciar a näo ser uma característica que ambas compartem: a simpatia.
O preço näo me é muito conveniente (6000 pesos, cerca de 10 euros) mas deve ser o mais barato de Tocopilla, é sossegado e a bicicleta dorme "adentro de la habitación".


_Exterior do Hotel América

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Durante o dia andei a errar pela povoaçäo, estive na internet a escrever parte do post anterior e a perceber qual a melhor maneira de chegar a San Pedro de Atacama.


_Tocopilla

No posto de internet o senhor era bem irritante. Passava o tempo de um lado para o outro, a arrastar nos chinelos a figura esquelética. Parecia que estava sempre com vontade de fechar a porta e ir à sua vida que, pelos vistos näo era bem aquela.




_Tocopilla

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Informei-me que duas companhias viajavam a San Pedro. Uma era Turbus e, a outra, Camus.
Prefiro evitar Turbus, pela história de Santiago, com a bicicleta. Em Camus "quase" me garantiram que näo haveria problema em transportá-la e foi num bilhete com o seu símbolo impresso que se transformou o meu dinheiro.
San Pedro está a 2700m de altitude e Tocopilla... ao nível do mar. O entusiasmo näo dá para tanto e as pernas väo mas é relaxadas no banco do autocarro enquanto a bicicleta viaja no andar inferior.


_Praia de Tocopilla. Areia escura.

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Voltei a dormir no Hotel América. Pedi para deixar algumas coisas, já que näo ia necessitar de tudo. "Ningun problema" responde a filha, desafiando a gravidade com o ângulo negativo que as suas costas formam.
Deram-me outro quarto. O "baño" funciona e até tem luz na mesa de cabeceira. Pena ser vermelha.
Seleccionei apenas o que iria necessitar em San Pedro, deixando os dois alforges e o saco-cama. Levei só a tenda, pensando dormir vestido e assim näo passar frio. Mas que rica ideia...
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Às 7h15 entrei no autocarro. A bicicleta viajou folgada de espaço.
Esta primeira viagem foi até Calama. Aí tive que procurar outra compañia que viajasse a San Pedro. Falaram-me de "Fronteras del Norte". Quando perguntei se seria possível levar a bicicleta, disseram-me: "ahí? Hasta perros llevan. No estoy de broma, esto es flor (referindo-se ao autocarro em que acabara de chegar) comparado con eses".
Em "Fronteras", a julgar pela quantidade de cestos com verduras, sacos com melancias e o denso aglomerado de futuros passageiros percebi que o espaço voltava a ser um problema e incluir a minha "bagagem" de formas täo agressivas e rígidas no meio de tantos "produtos da terra" näo iria ser fàcil.
Uma esquina abaixo estava outra companhia: "Atacama 2000". A senhora disse-me que, se viajasse já, às 12h30, este seria o autocarro menos cheio.
Comprei o bilhete, a bicicleta acomodou-se por cima do pneu suplente e tudo correu bem.
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San Pedro de Atacama é uma povoaçäo muito bonita, com construçöes em adobe e ruas näo asfaltadas.
Pena ser extremamente turístico. Cada casa, no núcleo central, acaba por ter algum tipo de exploraçäo com vista a arrecadar dividendos e os preços estäo bastante por cima de outros lugares.
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Continuei na mesma rotina de sondar por onde andariam os mais baixos valores de "aposentos" e acabei optando pelo camping "Puritama" (3000 pesos por noite, cerca de 5 euros). Tinha também a vantagem de dispôr de uma cozinha de uso livre.
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Estreei finalmente a tenda. Montei-a debaixo de um algarrobe, que tem folhas semelhantes ao tamarugo mas é mais alta e näo espinhosa.
Cozinhei junto à tenda e depois saí a informar-me de que opçöes haveria para ocupar o dia seguinte.
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Em San Pedro pode passar-se muito tempo, sempre a gozar paisagens que quase näo parecem reais. Desde a povoaçäo, vê-se uma cordilheira de vulcöes com picos nevados. Destaca-se o Licancabur, por estar isolado e a sua forma ser perfeita, até ao cume.
O problema é que, muitas das atracçöes, isto é, os locais mais bonitos de se visitar näo estäo ao alcance de um dia em bicicleta, para ir e voltar. Também as cotas variam de uma maneira desmesurada relativamente à actividade e ao ânimo do ciclista em questäo.
Havia um "tour" que saía para os "Geisers del Tatio", às 4h00 da manhä, para aí chegar por volta das 8h00 (hora a que acontece a sua maior manifestaçäo).
Também havia uma visita ao salar de Atacama, a 65 Km.
O problema destes itinerários é que säo feitos em carrinhas carregadas de turistas e por várias companhias que compartem o mesmo destino e horário.
Assim, nada de esperar apreciar estes locais em sossego.
Entretanto, encontrei uma agência que fazia, para o dia seguinte, uma actividade de trekking, limitada a 4 pessoas.
O objectivo seria unir Machuca (a 4000m de altitude) a Rio Grande (3700m), durante cerca de 6 horas de caminhada.
Näo foi nada barato, mas achei que era a opçäo que mais me agradava e inscrevi-me. O encontro estava marcado para as 7h30 do dia seguinte.
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Voltei ao camping. Sentei-me junto à tenda. Apenas o ínfimo espaço de tempo até ser convidado pelos "vizinhos" de tenda para um "piscola" (pisco, aguardente chilena, com cola) ou "una cerveza". Agradeci o convite e rapidamente me empenhei na segunda opçäo.
Que simpáticos! Era uma família de Santiago que, como eu, escolheram conhecer o norte. Desciam também desde Arica. À conversa estivemos bastante tempo, de volta do pisco e das cervejas. Já me deitei com um convite para um "asadito" no jantar do dia seguinte e dormida em Santiago.
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O meu projecto de dormir apenas vestido, sem saco-cama, que a temperatura dentro da tenda seria bastante superior e blá, blá, blá, revelou-se um fracasso rotundo.
É que esta tenda pesa apenas 1,5 Kg e, para cortar no peso, todo o interior é de rede.
Nunca mais aquecia, até as botas calçei porque os pés pareciam extremidades glaciares. Näo havia maneira de conciliar o sono com esta sensaçäo de frio. Tinha que me levantar cedo e descansar o suficiente para a "tarefa" da caminhada...
Quando näo aguantei mais, saí à procura de "possibilidades". Pensei em ir dormir para a cozinha, era dentro de uma casa de adobe, estar-se-ía bem mais "a gusto".
Mas, pelo caminho, cruzei-me com a feliz apariçäo de um estendal, onde pendiam 2 mantas.
Nem parei para pensar e trouxe a vermelha, preterindo a dos quadrados que me pareceu menos quente.
Ah! Que bela noite passei depois deste sequestro têxtil (que durou as 3 noites que aí estive). A consciência näo pesou tanto como o frio nocturno e sabia que a manta pertencia ao camping (que também alugava quartos e cabanas mobiladas).
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De manhä, o 4x4 leva-nos durante cerca de uma hora até Machuca. Somos 5. O condutor, Samuel, o guia, Nicolas, uma alemä, Ula, e uma suíça (cujo nome näo retive).
O caminho até Machuca é muito bonito. Sempre estradas por asfaltar. Em algumas partes, misturam sal na terra e o piso mantem-se mais consistente. Cruzamos vários rios.
Machuca está a 4000m mas näo se sente absolutamente nada dos efeitos característicos da altitude. Tomamos aí um rico pequeno-almoço (incluído no "tour"). Há apenas duas filas de 4 a 5 casas. A electricidade é garantida por um gerador diesel. Junto ao local onde comemos está uma caldeira para aquecimento de água que funciona a energia solar.
Os habitantes desta comunidade beneficiam da venda de algum artesanato, porque esta é parte do caminho aos Geisers del Tatio onde circulam diariamente muitos turistas.
Quando aí estivemos näo havia ninguém. Fará, concerteza, toda a diferença poder observar estes lugares com o silêncio que lhes é próprio.
Terminado o repasto e acumular de energia começamos a caminhada.


_Machuca


_Início da caminhada

O Samuel arranca com o jipe e esperar-nos-á em Rio Grande.
O caminho decorre quase sempre ao longo de um desfiladeiro, primeiro de um pequeno afluente e depois do próprio Rio Grande, que dá o nome à aldeia que temos como destino.
No início vimos vários lamas a pastar livremente. Alguns ainda estavam decorados com fitas coloridas. Säo-lhes colocadas no momento do "banho". É uma lavagem com fins sanitários, para os livrarem de parasitas. Para tal, existem umas construçöes compostas por dois círculos, murados, unidos por uma secçäo estreita e profunda que contem o líquido desinfectante.
O guia, Nicolas, consegue que ao caminharmos também sejamos instruídos quanto à flora, fauna e antigos costumes. As moças säo simpáticas (mais a suíça, que gosta muito de Portugal. Esteve no Euro e eu... näo pude contribuir nem um pózinho para esse tema de conversa).
Vamos parando, o ritmo moderado. Fazemos uma pausa maior na povoaçäo desabitada de San Juan. Comenos nougat de amendoim, boliviano.
Ainda säo muito perceptíveis as zonas de cultivo. As casas estäo, na sua maioria, fechadas e em bom estado. Säo construçöes de adobe com cobertura em palha e argila. A encimá-las existe sempre cravada uma cruz, elemento de protecçäo.
Existem socalcos nas encostas, permitindo espaços aráveis (fazem lembrar os socalcos de olival, de Nisa e Vila Velha de Ródäo).
À medida que nos aproximamos de Rio Grande, as culturas säo muito mais extensas, "hay harto de água" e toda esta fertilidade é aproveitada e convertida em favas, feijäo, milho...
Ao fim do tempo previsto (5 a 6 horas) chegamos a Rio Grande. Aí está o Samuel, a dormir no pouco espaço que a sua barriga deixa livre entre o assento e o volante.
Almoçamos na única sombra que parece existir. Comemos regaladamente as saladas e o frango, varremos o pó da garganta com sumo abundante e ainda compartimos de tudo um pouco com Sebastian, o senhor boliviano, de 74 anos, a quem daremos boleia de regresso a San Pedro de Atacama.
Sebastian caminhou o mesmo que nós, horas antes e de sandálias, com uma mochila onde traz vários sacos com ervas moídas que se aplicam a diferentes "males". Anda a vender. É uma espécie de curandeiro ambulante e afiança ter mais de 15 anos de experiência e conhecimentos de boticário.
Em San Pedro despeço-me dos meus companheiros andarilhos. No dia seguinte iräo subir o vulcäo Laska (com 5700m de altitude e ainda activo).
Como gostaria de os acompanhar... mas, decididamente, está fora do meu orçamento e também do meu equipamento, já que näo trago roupas adaptadas ao frio que deve fazer no cimo nevado.
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Chego ao camping e já os meu amigos me esperam para irmos assistir ao pôr-do-sol no Valle de la Luna. Até tenho direito a um lugar no banco do co-piloto.
O Valle de la Luna é uma zona completamente inóspita onde näo existem formas de vida vegetais ou animais. Tem estranhas formaçöes de sal, uma duna gigante, um anfiteatro natural, grutas...
Obviamente, e como é "tradiçäo" assistir, neste lugar, a este momento do dia, estäo centenas de pessoas presentes. Autocarros, carrinhas de agências turísticas e muitos carros particulares, como nós.
De volta ao camping, o Claudio dedica-se à cozinha. Acompanhamos os preparos com PiscoSour (pisco com limäo) e Piscola.
O frango estava "riquíssimo", a salada e o "perbe" (acompanhamento ou entrada, feita com tomate, cebola, ají, coentros, tudo picado, em azeite) nem se fala.
Gracias amigos! La abuela, Lucy, Claudio, Mauro y Matias (tu... caca con... catorce!).
Nos vemos en Santiago.
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Passei uma boa noite envolto na "minha" manta vermelha.
De manhä os meus amigos foram-se embora.
Gastei a manhä a bicicletear pela povoaçäo e arredores. A tarde, e a hora de maior calor, reservei-a para o museu arqueológico Gustavo Le Paige. Muito bom e completo.
Ao fim do dia, afastei-me ainda mais de San Pedro num aleatório recorrido ciclístico.
Como já näo tinha nenhum convite para jantar, voltei a cozinhar "tallerines" com tomate.
Na manhä seguinte, tomei um autocarro da companhia "Atacama 2000" de novo para Calama.
Em Calama vagueei pela povoaçäo e por um livro de Julio Córtazar até voltar com "Camus" para Tocopilla.
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No Hotel América estavam os meus alforges imaculadamente guardados. A senhora näo me cobrou nada pela "consigna" e empregou toda a simpatia chilena nos votos de boa viagem.
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Já era tarde mas estava decidido a näo pagar por mais uma noite em Tocopilla.
Jantei um "churrasco con tomate" (espécie de prego com tomate) no restaurante "dos leones" (aí estäo, à escala real e dourados, a guardar a porta) onde já tinha gasto alguns pesos em néctares "Watt's".
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Andei cerca de 6 Km até encontrar o pedaço de terreno propício à configuraçäo do meu corpo, devidamente resguardado da vista alheia por um monte de terra, sobre o mar.
Passei a noite numa contínua sessäo de acupunctura geológica. Desconheço que pontos nevrálgicos foram estimulados.
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Hoje, 27 de Janeiro, pensei ser o primeiro de dois dias que empregaria a chegar a Antofagasta, em bicicleta.
Levantei-me bastante cedo, a ver se trocava as voltas ao vento e fazia o maior número possível de quilómetros antes deste aparecer.
Por volta da hora a que normalmente faz as honras à dificuldade da progressäo, meio-dia, após cerca de 45 Km do local onde dormi, um arame forte e tenso, levantado no ângulo exacto pela roda dianteira, ganha balanço na corrente e enfia-se entre esta e o desviador traseiro.
Qual poderosa alavanca, parte o desviador em dois, separando a peça com os dois roletes do resto do conjunto, completamente torcido (e a corrente a acompanhar a mesma inclinaçäo, empenada).
Para tornar todo o aparatoo mais vistoso, o terminal do quadro onde enrosca o desviador torce de tal forma que os carretos aí batem, impedindo a roda de girar.
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Como o vento da sorte também continua a aparecer, acho que nem um minuto tardou até carregar a bicicleta numa pick-up que me trouxe até Antofagasta. Vim de boleia com um engenheiro mineiro, com o qual aprendi bastante sobre os processos de extracçäo e refinamento.
Fez questäo de procurar comigo uma oficina e aí me deixou. Iria voar ainda hoje para Santiago.
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Em "Dr. Bike's" ainda tentaram fazer um enxerto entre a matéria aproveitável do meu desviador e outro qualquer. Näo funcionou.
Tenho instalado um "Alivio" coberto de ferrugem, mas a cumprir a sua funçäo (nem imagino o tempo de uso que possa ter). O quadro foi ao sítio sem partir.
Ainda que toda a transmissäo me pareça pouco alinhada, as mudanças estäo a entrar bem. A ver como se comportam nos caminhos do sul.
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Amanhä, pela manhä, tomo um autocarro para Santiago. Aí quero, "al tiro", tomar outro para Puerto Montt.
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Parece que (porque tudo é relativo) se acabaram os caminhos do deserto e esta primeira etapa do trajecto previsto.
Como posso agradecer tanta companhia? Ainda me surpreendo pelas visitas que continuam a fazer e pelos novos e inesperados acompanhantes.
Gostava de saber agradecer de forma mais pessoal a todas as simpáticas mensagens.
Gostava de agradecer, por exemplo, as sempre "estreantes" mensagens da minha tia, da Sara, as "dicas" do Pena para fazer a mala, os ventos favoráveis de Cabo Verde com as hilariantes memórias do "bici-enduro" , de enviar um abraço de parabéns (já muito vencido) ao Luís, o apoio contínuo do Rui, as surpreendentes mensagens de ânimo da Paula Nogueira...
E um grande beijo à gerência que foi ao baú dos "recuerdos" e trouxe uma foto cheia de significado.
Sei que muitos faltam e näo quero parecer injusto. Como espero que Radio Tamarugo apenas suspenda as emissöes enquanto dá um salto para sul, tempo e espaço haverá.
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Agora, estou "medio apurado". Amanhä, se conseguir, ainda carrego mais imagens. As que faltam da caminhada, de San Pedro de Atacama e um pouco desta cidade em que me encontro, a segunda maior do país.

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caro "viajante"

Vou evitar fazer comentários sobre bicicletas desconjuntadas, pois a minha fama de "macumbeiro - branco", por estas bandas parece não ser em vão. Uma vez disse a uns colegas que ao preparar a partida para S.Vicente, gozavam por eu ficar umas férias na Brava. Preveni-os para não estarem com tanta "comichão" pois iriam perder o barco, 1º e último durante uma semana entre a Brava e o exterior. Sabes que foi mesmo isso que aconteceu. Quando estavam a descer a encosta que dava acesso à Furna, povoação que aloja o porto, viram o "pequeno bote" partir, pela primeira vez em "séculos", atempadamente. Claro que depois disto tive de aguentar alguns impropérios. A tua aventura com o creco fez-me lembrar que talvez seja melhor nem sequer mencionar algumas expressões ciclísticas,menos felizes.

O "hotel América" lembrou-me um certo quarto numa qualquer pensão de Freixo-de-espada-à-cinta. Uma parede de cada cor, corte de luz às zero,etc...
Agora por fora parece tirado de um cenário de "western".

Neste preciso momento, estou a pensar o que fazer ao meu rico fim de semana. Como este ano estive na comissão de horários, achei que seria interessante, pela primeira vez em quatro anos deixar de dar aulas ao sábado e já agora, porque não à segunda-feira - esta bem tentei, esforço inglório. Bem pelo menos só entro às 15h30m. Claro que um bom amigo é amigo em todas as ocasiões e como tal comigo há mais uns 10 colegas sem aulas ao sábado. Penso que os restantes 15 ou 16 profs. não compreenderam a piada. Estão sempre a lembrar-me, justamente, que fui um "pouco corrupto". Na minha opinião houve melhorias substânciais. No ano anterior todos tinham aulas de manhã e tarde, sábado inclusivé. Este ano uns 11 não leccionam ao sábado, outros apenas o fazem num período. Acho que me deviam agradecer. "Quando uma pessoa só quer fazer o bem torna-se imcompreendido.

Acho que vou aproveitar o dia solarengo quanto baste e caminhar à beira mar tirar umas fotos e torcer para que os ventos te estejam de feição.

Um grande Abraço

3:01 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

OLÁ, meu querido!
Desta vez não sou "estreante", porque em P Sor não disponho de internet, e de Cabo Verde vieram as ondas rápidas e certeiras. É uma aldeia global, de facto !
Pois é, João , por cá a novidade do século - nevou hoje, domingo , em quase todo o sul do país, incluindo P Sor e Lisboa. Durante cerca de meia-hora vimos os flocos a cair, lentamente, desfazendo-se em água ao tocar o chão. Mas a viagem até Lx proporcionou-nos um espectáculo nunca visto - em Montargil, Sta Justa, Couço, Azevadinha ... tudo branco.
Mais uma vez a tua crónica prendeu-me ao monitor e dar-me-á mais uns largos momentos de prazer ao lê-la e relê-la. Que bem que tu descreves as tuas aventuras e desventuras! Sei que estás contente e a concretizar um sonho, mas não posso esconder que tenho "pressa" de te ver e de ouvir-te, aqui.
Espero nova crónica com a "ansiedade" de sempre. Que tudo corra da melhor forma ( como até aqui ). Beijinhos, beijinhos...meus e do tio.

10:34 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Mi amor... A tua tia já te contou da neve... maravilhoso. Um beijo grande, enviei-te um mail com pormenores confidenciais de amor...

2:42 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Ói João!
Havia no meu bairro um miudo a quem nós (miudos como ele), chamavamos "João Falta de Ar".
O coitado se vivesse nessas altas montanhas não sobreviveria muito tempo. Então e tu, conseguis-te subir bem? com alguma falta de oxigénio e o estampido nos ouvidos, não? Sentiste-te certamente, tenho a certeza disso, um autentico João Garcia dos Andes? e o gozo da caminhada no tecto desse mundo deve ter sido espectacular.
Já sabemos que perdeste as fotos mas espero que restem alguns cartões de memória. Nestas viagens sempre aparece alguma coisa menos boa para contar. É preciso é nunca perder o animo para seguir adiante
Em Santiago voltas a ganhar alento para prosseguir a nova etapa da viagem e provavelmente a mais bonita. Ficamos à espera de novas noticias tão gostosas como as que já nos presenteas-te.
Segue em frente, sempre bem ligado a estes "nevados" Portugas cá do sitio e até à próxima.
Luis B

7:36 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Hey Joe
Força, força! Desta vez, maior que nunca...
De bicla, em marcha ou ao pé-coxinho. Sei que tens força para continuar até ao fim que tu idealizaste.

um abraço dos grandes

p.s. mete uma foto tua, com a ropinha nova :)

12:26 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Que bueno que estés realizando todo lo que en un momento parecía ya terminado. Me alegra de verdad. Seguiré tu historia, lo que puedo entender, paso a paso. Fuerza, con mucho cariño, desde Bariloche.

10:01 da manhã  

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