Voo + Santiago de Chile!

Y pues, tanto que contar...
(sem acentuaçao, porque este teclado esta todo ao contario)
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Depois de chegar a Madrid, desde Badajoz (gracias a mi amor) houve lugar para a ja esperada (mas nao tanto) ardua tarefa de recolher a bicicleta (enviada, como mercadoria no dia anterior) e, de alguma maneira faze-la chegar, juntamente com o resto do equipamento, ao aeroporto. Mesmo com a entrada de Metro na mesma praça do terminal de autocarros, uma caixa de 24 quilos (bicicleta, tenda, pneu e peças suplentes) mais dois alforges a tiracolo, um saco-cama de varias arrobas e um saquito de plastico com a bucha e literatura para a viagem, sao volumes suficientes para tornar a simples compra do bilhete na maquina automatica numa tarefa penosa. Imaginem o que foi passar aquelas lindas portas automaticas tipo passa-um-e-fecha-logo-a-seguir...
Primeiro passava todos os volumes por cima da cancela e depois eu, maldizendo o sistema...
Os simples trajectos de ligacao entre paragens foram transformados em interminaveis corredores onde, desesperadamente, esperava que a proxima curva tivesse tambem o apelido de ultima. Entrar nas carruagens tambem foram esbaforidos actos para nao deixar nada entre o cais e o interior.
Tanto paleio para contar, apenas, que ergui as maos ao ceu no momento em que cheguei, finalmente, ao aeroporto e pude colocar toda a pesada e multipla mercadoria num carrinho com rodas onde tudo o que tinha a fazer era empurrar entre passadeiras rolantes. O momento em que pude apoiar, descansando, a mao na borracha vibrante de uma esteira rolante sem ter que elevar e equilibrar volumes foi o ponto alto do dia.
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Depois _ horas de espera na cafetaria, recolher o ticket de embarque, despachar a carga (pagando 60 euros pela bicla) e pouco que contar.
Do voo tambem ha pouco a relatar. Quer dizer, houve a grata surpresa de, afinal, servirem refeiçoes a bordo, a maravilhosa vista aerea da cordilheira andina iluminada pelos raios matutinos e dois ou tres dedos de conversa com o vizinho do lado (um madrileno que tambem vinha pedalar no sul do chile).
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A Santiago chegou tudo, nao houve bagagem dispersa pelo mundo.
Formalidades de imigraçao, papelada, cambio de dinheiro (1 euro = 590 pesos chilenos), controlo de bagagem pela policia... termino finalmente a montar a bicicleta em frente ao aeroporto com a ajuda de um curioso taxista que desde o primeiro momento me ajuda a tirar a fita que fechava a caixa.
Levou o seu tempo transformar todo o material disperso num unico objecto, mais ou menos equilibrado e, sobretudo, ciclavel.
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Desde o aeroporto sigo umas indicaçoes para santiago. Eu ja deveria ter desconfiado que aquelas setinhas a azul e branco respeitavam um codigo cromatico universal mas nao quis dar demasiada importancia ate conseguir ler - peaje!
Era inevitavel, a poucos metros entraria na auto-estrada e alternativas, nem ve-las.
Abordei o condutor de um carro que saia de uma fabrica e perguntei-lhe acerca de soluçoes para o meu caso. Parou um pouco para pensar, confirmou o pior cenario (no other way) e terminou a frase com um convite para que subisse ao seu carro.
O Luis e engenheiro mecanico, especialista em ferro e na reparaçao de bombas. Fiz o que restava da sua volta (fomos entregar uma peça a uma fabrica de tubos para conduzir agua a alta pressao) e depois tomamos a direcçao de Santiago. Quando lhe disse que nao era necessario levar-me ao terminal de autocarros (onde pretendia ir e averiguar acerca da possibilidade de um autocarro que me leve ainda hoje para Arica) respondeu - una hora mas o una hora menos no me va hacer mas o menos rico!
Pelo caminho convidou-me a almoçar e fez questao de que fossemos a um restaurante tipico chileno especialista em carne de porco - El Hoyo.
Ambos comemos costillas de cerdo, eu pure, ele arroz. Pratos acompanhados com 2 cervejas de meio litro e uma salada chilena (tomate com cebola muito fininha). Tambem provei uma especialidade da casa e razao para afluencia de alguns clientes - el terramoto (um pequeno copo de vinho branco com gelado de ananas). Resulta bem.
Falamos do norte, do sul, da sua familia. Fiquei a saber que vive ha 15 anos em Santiago, que tem uma filha de 17 anos. E de mais ao norte, onde ainda vive o seu pai que trabalhou como mecanico mineiro.
Despedimo-nos a porta do restaurante.
Obrigado Luis por este encontro a confirmar uma das razoes que aqui me trouxeram (a de que este pais reserva encontros como este e que me esperam em muitas partes, cada qual com os ingredientes que os tornam especiais).
Obrigado Luis por transformares esta chegada ao Chile numa entrada com dois pes direitos num palco de boas surpresas.
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Fui ao terminal de autocarros e ja tenho bilhete para Arica. Parto hoje as 23h00 e chegarei a Arica depois de amanha as 6h00 da manha. Ate la nao havera repouso completo nem... banho! (quando foi o ultimo?)
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Antes de me sentar frente a este teclado estive a conversa com um condutor de autocarros de longa distancia. Desdobramos o mapa e apontei sugestoes de visita.
Faz muito calor, estao 32 graus a sombra.
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P.S. Gracias David por la ayuda con la facturacion de la bici desde Badajoz y por el buen rato de un Sabado con tapas.