sexta-feira, setembro 14, 2007

As maravilhas do mundo.




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Dia 121, 6774Km. Agra, India.
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Para quem fica, esta viagem pode parecer demasiado longa mas, na sucessao de acontecimentos, diversidade cultural e de ambientes, chego a considera-la demasiado rapida.
A bicicleta permite-nos viver o mundo de outra forma. Num ritmo mais atento aos detalhes, percebo como tanto tambem me escapa...
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Quando revejo as imagens na camara tenho dificuldade em crer ter vivido tais momentos. A globalidade das experiencias e tao densa e vasta que encontro nas fotografias preciosos auxilios para pontuar e sintetizar.
No entanto, este percurso aproxima-se do final.
Encaminhamo-nos para nova e ultima fronteira - o Nepal.
Ainda agora deixei o terreno das montanhas e ja me sinto a reclama-lo.
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Estou em Agra, a 400m da entrada Oeste do complexo do Taj Mahal.
Por partes, em arranque reticente da memoria, tentarei contar como aqui chegamos.
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Depois de um dia passado em Kaza, onde o rio Spiti corria timido num leito demasiado largo para o caudal de Verao, ligo de novo a energia aos pedais, tentando aquecer o corpo numa manha bastante fria.
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Uma fotografia do mosteiro de Dhankar, exposta sobre a mesa do World Peace Cafe, onde jantei na noite anterior, foi suficiente para me convencer a incluir este desvio na etapa tabelada com a aldeia de Tabo.
Tenho quatro fotocopias A3 das areas de Spiti e Kinnaur, onde tentarei seguir a linha negra mais grossa que me levara a Shimla, quase sempre acompanhando algum rio.
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O desvio ao mosteiro de Dhankar ("A place in the mountains unreachable for strangers") corresponde a uma subida de 9Km que compensa largamente o esforco dispendido. As vistas sobre o rio e as colinas guardando o vale que o contem, limpam todas as migalhas de duvidas da tomada de opcao.
Chove um pouco na subida; cumprimento mulheres/pastoras que aquecem cha numa fogueira, um jipe carregado de israelitas e outro casal motorizado que viria a conhecer na aldeia - irlandeses.
Visito o mosteiro nesta ultima companhia. Sao muito simpaticos. Percebemos que a construcao remonta ao sec XII. Algumas partes e estado de conservacao certificam a idade. Existem cerca de 100 monjes que formam a comunidade junto com outros tradicionais habitantes que se dedicam a agricultura e pastoricia.
A entrada, uma nova construcao destina-se a receber o Dalai Lama em 2008.
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Vista desde o mosteiro de Dhankar.


Dhankar, ainda ao longe.


Monjes estampam bandeiras de oracao. Dhankar.

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Ao gozo da paisagem, acrescento o prazer da descida, seguindo para Tabo, na esperanca de encontrar comida pelo caminho.
Pois, nada... O entorno vai balancando a reclamacao do estomago e a energia continua a corresponder ao pretendido... ate encontrar uma bela dose de arroz com lentilhas no Third Eye Cafe de Tabo.
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Tabo.

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A saida do restaurante, conheco um vendedor de artesanato que me apresenta a sua Gary Fisher (comprada a um turista americano) a reclamar manutencao, pastilhas de travao e, pelo menos, 10 raios na roda traseira. Quanto a roda, pouco consigo melhora-la. Ofereco as pastilhas que nao virei a utilizar (as minhas parecem interminaveis...), afino o desviador traseiro (o dianteiro, nao mexe de forma alguma) e ainda entrego de brinde a garrafa de agua desalojada na quebra do seu suporte.
O mecanico improvisado recebe uma pulseira de pedras coloridas, um amuleto tibetano, um copo de cha e a descricao de uma rota que me podera conduzir directamente ao Nepal, sem ter que o fazer mais a sul (hipotese que venho a abandonar por nao me conseguir certificar de que esta fronteira esta aberta a estrangeiros, nao indianos, e possa ai comprar o visto necessario a entrada).
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Alojo-me na Zion Guest House, com "very positive vibrations" de Reggae e como uma deliciosa Full Power Trojan Pasta (macarrao com toda a especie de vegetais) na companhia dos meus amigos irlandeses.
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Pela manha, tomo o caminho de Nako, pedalando facilmente junto ao rio.
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No cruzamento da aldeia de Chambo almoco momos (empadas tibetanas) de borrego (cartilagens do mesmo...) e engano-me na direccao pos-digestao subindo por um caminho errado. Nao fosse a tradicional pergunta indiana "where are you going?" (questao demasiado comum, a qual muitas vezes respondo, nao deixando de ser verdade: "I am going home") que, desta vez, nao me excusei a responder e ainda estaria pela montanha a procura de Nako.
O campones elucidou-me: "Nako? 18Km back...".
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E que 18Km... nao bastando o desalento de refazer caminho, o terreno presenteou-me uma subida interminavel, inospita, numa escala tao sobre a humana vontade, e capacidade, do momento quanto a magnificiencia da escala himalaica.
Que paisagem... a vastidao encontra-se diminuta como elemento descritivo.
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Nas bandeiras de oracao, fustigadas pelo vento, encontro a minha vitoria. Percebo que, desde agora, apenas me resta baixar , 4 Km ate Nako.
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Nako e uma aldeia muito bonita. Conservada na sua rural tradicao propria. Nao abundam as ofertas de alojamento. Encontrei apenas um grupo de turistas franceses que viajam em ruidosas Enfields (motos indianas, 350cc) num pacote organizado, com jipe de apoio.
E demasiado tarde para fotografar. Nao posso deixar de o fazer pela manha.
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Nako.

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Cumprido o devido registo, ingerida a dose matinal de Tsampa (farinha com leite) na "Tibetan Kitchen" onde tambem havia comido na tarde anterior, inicio uma descida de 30Km.
Ate agora, tinha como referencia maxima a Cuesta de Camarones no deserto de Atacama, Chile. Admirava-me de tal proporcao... uma subida/descida com 21Km!
Grande coisa... desconhecia os Himalaias...
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Este dia e fundamentalmente descrito em descida, no mesmo sentido da, tao ruidosa quanto rapida, corrente do rio. Apenas os ultimos Km's antes de Rekong Peo exigem que a corrente tome os lugares mais altos do eixo traseiro.
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Impressiono-me com a construcao desta estrada. Com o modo como foi possivel moldar a montanha permitindo o trafego motorizado.
As condicoes em que vivem e trabalham os seus operarios serao muito dificeis.
Tenho assistido muitas vezes a como a pedra e partida a golpe de martelo, sem nenhum outro recurso mecanico. A brita e, literalmente, feita a mao. O trabalho mais pesado corresponde ao sector feminino. As criancas, ou partilham todo o servico, em solavanco, amarradas as costas das maes, ou brincam entre as pedras e, por vezes, demasiado proximas de precipicios.
Nao bastando a dureza da tarefa, estes trabalhadores vivem in situ, em tendas improvisadas com plastico ou comunidades construidas com a chapa espalmada dos bidons de alcatrao.
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Eu ando aqui por gosto. Embora tambem canse, esta e a minha opcao e lamento que o caminho por onde passo, desfrutando, seja criado a conta de tais sacrificios.
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A paisagem, a medida que desco, vai tomando, de novo, o verde como cor predominante.
Rekong Peo e uma povoacao indiana por excelencia, abandonando a tranquilidade dos lugares a que vinha estando habituado.
Na banca onde compro bananas, encontro o grupo de israelitas que me tem ultrapassado de jipe e com os quais acabo por ir coincidindo nos lugares. Aconselham-me a subir ate Kalpa, 6Km. Muito mais tranquilo.
Acato a sugestao, atraido pela descricao de um lugar bucolico e pelos olhos da mocinha que, na janela lateral do todo-terreno me tem oferecido os melhores acenos...
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Realmente Kalpa e diferente. Muito mais calmo. Casas dispersas pelo terreno, completado com mata de pinheiros.
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Instalo-me numa Guest House, mais acessivel que aquela onde pernoitam os meus colegas.
Combinamos encontrar-nos em Sangla, no dia seguinte.
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Kalpa.

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Saio de Kalpa tao cedo que nao encontro pequeno-almoco em lugar nenhum.
Desco e acabo por so o fazer na estrada principal, junto ao rio. A dose foi fraca, nao me apetecia nenhuma das disponiveis e recorrentes especialidades indianas. Tomo chai com chocolates Munch ("you can't stop munching...").
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O trajecto, ate ao inicio da subida para Sangla, nao e propriamente apetecivel. A construcao de uma barragem transporta o ciclista para o ambiente de Mad Max. O trafego continuo de camioes, carregados de brita e cimento, levantando po (os meus oculos de sol tambem ja se partiram, solidarios com outros apetrechos...) ajuda a que a realidade se confunda com cenarios ficcionados.
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Mais uma linda subida... 20Km...
Durmo ao Km7...
Faltando 9Km, o sadu, guardiao de um templo junto a estrada, pergunta-me: "Rest? You don't rest? Sangla... 9Km...".
Nao, agora so paro em Sangla. Estou "zangado" com a subida e nao deixarei que leve a melhor.
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Subindo para Sangla.

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Vejo uma grande nogueira a entrada da povoacao. Feliz por encontrar tao apetecivel dose nutritiva, desengano-me ao perceber que esta especie de fruto e quase tao dura quanto a pedra com que a tento quebrar. Para alem disso, o miolo esta tao protegido num rendilhado de materia dura que nao vale o trabalho.
O que vale mesmo e a bandeja de lentilhas com arroz e o lemon tea em que, logo de seguida, me reconheco como satisfeito.
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Passo o resto do dia em descanso, comendo macas surrupiadas na horta traseira da Guest House, passeando na aldeia com o grupo de Israel e jantando Thantuk num restaurante servido por tibetanos.
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Sangla.

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Para sair de Sangla, faco o caminho inverso. Grande descida.
Paro a certa altura para comer pinhoes. Sao de um tipo que nao conhecia. A casca e fragil, abre-se a mao e tem um optimo gosto resinoso. E dificil desaloja-los da pinha. Ainda semi-verde encerra-os de forma persistente.
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Volto a passar no estaleiro da barragem, fazendo com que o veiculo, carga e passageiro adquiram uma pulverizada camada de lama.
A paisagem ja e sempre verde, contrastando com a exposta camada rochosa das vistas de montanha em dias anteriores.
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Consigo chegar a Rampur, como previsto.
Instalo-me no Hotel Highway Home:
-"We only have simple room. No bathroom attached..."
-"It's ok. 100 rupees? Very ok!"
Era tambem restaurante, onde jantei. Todos os clientes tinham uma predileccao especial por whisky...
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Pela manha, pensei conseguir atribuir ao dia a distancia de 130Km ate Shimla.
Nao sabia que me esperava uma continua subida de 35Km...
Esta so termina em Narkanda.
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Narkanda.

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Quando ai cheguei, ainda havia luz suficiente para continuar. Nao me agradou especialmente o lugar e, embora sabendo que nao poderia chegar a Shimla, a 60Km, decido pedalar mais um pouco.
Quem muito sobe, algum dia, tera que descer. E isso mesmo que o terreno me propoe.
Avanco 33Km e dou por encerrada a etapa em Theog.
Instalo-me em um dos piores quartos de sempre, o unico lugar de alojamento disponivel, mas, em contraste compensatorio, tomo uma das melhores refeicoes.
Era uma Dhaba escura, a entrada da rua principal, daquelas com um balcao de tachos expostos em fila para o exterior. Semelhante a tantas outras que tenho encontrado. Como ainda nao tinha encontrado era o sabor dos feijoes, favorecido pelo ambiente genuinamente simpatico que o proprietario oferecia. No final, foi distribuindo, de mesa em mesa, uma bandeja com doces benzidos.
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Restando-me apenas 30Km ate Shimla e, quase sempre, em sentido descendente chego, no dia seguinte, a capital do estado de Himachal Pradesh por volta das 09h00.
Ainda estou em processo de choque civilizacional, depois de tantos dias em ambiente rural e montanhoso. Por isso, a primeira opcao que tomo e a de averiguar acerca de autocarros para Delhi. Estou decidido a "saltar trajecto".
Compro bilhete para o autocarro mais imediato (11h00).
Perco uma visita a Shimla.
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Tenho o privilegio de esta viagem ser feita ao correr da vontade e a mesma continua sintonizada com as montanhas. Tirando uma visita a Agra e Varanasi, o desejo mais forte e o de voltar a pedalar em terreno himalaico, no Nepal.
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Chego a Delhi as 21h3o.
Circulo na cidade escura, tentando reconhecer ruas onde ja teria passado, perguntando...
Pretendo voltar a Pahar Ganj, ao mesmo hotel onde estive ("My Hotel", um nome a proposito...).
Em Conaught Place, paro para comer num restaurante de Fast Food.
Assisto a como uma cliente recusa uma sandes porque uma mosca lhe havia pousado. Por um breve momento, na face exterior do pao.
Que pais de contrastes... A porta do restaurante, o seguranca, ao trocar de turno, cede a camisa e as calcas (farda) ao colega que o vem render. Mudam de roupa a porta e um deles nem tem sapatos; nas arcadas ha corpos estendidos, a dormitar...
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Encontro o hotel pretendido. Reconhecem-me de imediato (so ai tinha estado uma noite, ha dois meses atras) e sinto-me agradado.
Nao me quero demorar em Delhi. Averiguo na recepcao sobre autocarros para Agra, apresentando a questao habitual sobre o transporte da bicicleta.
Ha um autocarro as 06h00. Hum... pois toma-lo-ei. Nao me demoro, de facto, em Delhi.
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Foi assim que aqui chegamos.
A cidade do Taj Mahal, no topo da classificacao das "Maravilhas do Mundo", tera igualmente nos lugares cimeiros a frequencia e persistencia dos conhecidos oferecedores de todo o tipo de servicos.
Tem tambem, uns deliciosos cubos de abobora, extra doces.
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Hoje e Sexta-feira, dia em que o monumento se encontra encerrado.
Aproveito para relaxar.
Amanha, tentarei cumprir a visita e, de tarde, tomo um autocarro para Varanasi.
Ja vi o veiculo. Nao parece aguentar o trajecto entre Ponte de Sor e o apeadeiro da Torre das Vargens mas, certamente, estara a altura da viagem de 18 horas...
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Ontem aproveitei para limpeza geral, no Hotel Sidharta.
Ate os alforges conheceram o sabao. Poderia obter receita vendendo a agua de lavagem da roupa a alguma fabrica de guaches. Poupariam imenso na base do negro.
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Radio Tamarugo voltara a emitir.
Comunicando que esta para durar, que quebra mas nao se extingue, nutrida com oleo para "Enfield" ha 2000Km... a corrente da bicicleta retribui cumprimentos.
Um grande abraco a todos.
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A montanha e moldada com explosivos.







Kibber Monastery.


Antes de Kaza.


Kaza.

9 Comments:

Blogger Sara said...

Olá João!

Já não sei se a tua viagem é uma aventura ou mil! Espero que esta última etapa tenha o desfecho que desejas.

Boa viagem. Um abraço.

2:45 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

OH meu amor!
Que voltas, que subidas, que descidas...
Neste momento ,julgo que estarás em viagem no tal autocarro. Boa viagem!
Essa cidade para onde te diriges é já no Nepal?
Mil beijinhos.
Tia

5:34 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

É só para acrescentar que já aprendi que Varanasi é uma das cidades mais importantes da Índia.
Desculpa a ignorância da pergunta. Mais beijinhos da tia.

5:51 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Joe,
Aqui estou eu mais uma vez para dar uma força, à distância, para as etapas que ainda te faltam.
Grande abraço.

NM.

8:12 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Joãozito!

Tanto sobe e desce por esses Himalaias fora!! Às vezes comento tua viagem em casa com meus pais e meu pai mt impressionado pergunta "e como é que ele faz quando há subidas?!" ! eh!eh! Acha deveras estranho alguém ir de bicicleta pelo mundo fora!! Imagino contraste ao chegar a Agra!! Eu fui no último dia da minha estadia aí e cansou-me mesmo mt esse assédio constante! Quase que gostei menos do Taj Mahal só por isso! Mas enfim, vale a pena ver! Varanasi acabei por não ir mas lá se processa e se apercebe do ciclo da vida, disseram-me. Deve impressionar. Também acho que é muito colorida e são famosos os "shawls" de tecidos bonitos!Bom, ânimo em Agra, estômago em Varanasi e boa pedalada para o Nepal! Lá podes beber uma Everest!Edição especial de cerveja! Muitos beijinhos!

9:10 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Alô

Todos os dias verifico se há noticias na rádio Tamarugo, já andava a ansiosa por novos relatos.
Continua com força nessas subidas e descidas.
Bjs de todos

11:53 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Olá João!
Tanta maravilha junta deixa-me sem palavras,não sei como essas pernas (embora jovens) ainda aguentam tanta pedalada de subidas e descidas de Kms e Kms por este mundo fora."GRANDE CORAÇÃO" cheio de força,coragem e enorme sensibilidade.Continuação de boa viagem e um grande abraço dos amigos: São e Luis

3:10 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Olá meu amor
Desta vez atrasámo-nos por avaria desta máquina...
Que há para dizer perante tanta emoção,tantas e tão ricas vivências?
Não me cansarei de te manifestar o nosso enorme orgulho pela tua coragem,pela tua grande sensibilidade,pela perseverança o que faz de ti este digno "embaixador"duma fatia da nossa juventude!
Continua desfrutando de todas essas oportunidades mas com os menores riscos possíveis o que nem sempre parece acontecer...!
E que chegues bem,com saúde,de certeza muito mais "rico", é ,afinal,o que mais desejamos.
Um beijo do tamanho do mundo dos cotas

7:45 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Decidi há pouco tempo fazer esta viagem, e através da Ana Teresa conheci o teu blog…
Se a Índia já exercia um grande fascínio em mim, depois de ler alguns dos teus relatos, tive a certeza que o valor da minha passagem foi muito bem entregue. Não farei de bicicleta como tu… nem teria essa coragem… mas com certeza que os autocarros e comboios me vão ajudar na minha pequena viagem, comparando com a tua, pois são apenas três semanas…
Talvez me cruze contigo este Natal na nossa santa Terrinha, e se puderes despender algum tempinho, gostaria que me desses umas dicas…
E antes que me esqueça, a tua viagem foi… Fabulosa… acho que serve para descrever o que nos fazes sentir quando lemos o que escreves… Obrigado por teres partilhado…

Beijos

Sónia Malaquias

9:38 da manhã  

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